III Seminário Internacional de Formação de Jovens Espectadores
De 2 a 15 de setembro acontece o III Seminário Internacional de Formação de Jovens Espectadores com 4 mesas e 8 debatedores nacionais e internacionais de Argentina, Brasil, Chile e México. Os eventos serão virtuais, no youtube do Commune.
PALCO COMMÚSICA
9/1/20256 min ler
Os temas das mesas são:
Criação de Novos Públicos com ênfase na Formação de Jovens Espectadores em parceria com Escolas Públicas; Espectadores do Futuro: Inteligência Artificial e Desenvolvimento de Novas Plateias; A crítica teatral para o desenvolvimento de novos públicos: tensões históricas e futuros possíveis; Gestão de Públicos, Teatros e Espaços Culturais Independentes: estratégias, sustentabilidade e a formação de relações culturais e comunitárias.
Os participantes são Javier Ibacache (Chile), Paula Travnik eSonia Jaroslavsky (Argentina), Zavel Castro (México) e os brasileiros, Antonio Carlos de Moraes Sartini, Augusto Marin, Bernardo Galengale, Gisele Ganade, Patrick Pessoa, Paulo Drummond, Renato Barreiros e Rubens Velloso.
O III Seminário Internacional de Formação de Jovens Espectadores integra o projeto Teatro Commune: a rebeldia de se manter aberto!, contemplado pela Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura, através do edital 19/2023 de Manutenção de Espaços Culturais no Estado de São Paulo, do Governo do Estado de São Paulo através da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas.
O objetivo é debater sobre a formação de jovens espectadores com foco na democratização do teatro e da cultura, tornando acessível as artes as pessoas e aproximando o público dos artistas. Refletir sobre as estratégias de formação de espectadores e em como capacitar professores e gestores culturais a trabalhar com a ferramenta da formação de públicos. Buscar o público ativo e interativo com os espetáculos.
"A linguagem teatral amplia e potencializa as experiências educativas dos jovens, aproximando-os sensível e conceitualmente das questões do meio em que vivem" comenta Augusto Marin, diretor do diretor e coordenador do Projeto Escola em Cena, no Teatro Commune para a formação de Jovens Espectadores.
A terceira edição do seminário é a continuidade dos seminários realizados no Projeto Escola em Cena, em 2017 e em 2023, para a formação de jovens espectadores, com apresentação de espetáculos em teatros independentes da cidade, debates ao final, mediados por Aimé Pansera e Andrea Hanna, em 2018 e por Belén Parrilla, em 2023, coordenadoras do programa de Formação de Jovens Espectadores de Buenos Aires. E, também, seminários internacionais sobre a formação de público e oficinas sobre formação de público para professores e gestores culturais de CEUs.
Detalhes das Mesas:
Mesa 1 - 2 de setembro, terça-feira, às 19h30
Criação de Novos Públicos com ênfase na Formação de Jovens Espectadores em parceria com Escolas Publicas
Discutir estratégias, politicas, desafios e oportunidades para o desenvolvimento de novos públicos, em especial em relação à formação de jovens espectadores, tendo como base o Programa de Formação de Jovens Espectadores de Buenos Aires e do Teatro Cervantes. Uma oportunidade valiosa para debater as relações entre a arte, cultura, educação e a gestão pública.
Sonia Jaroslavsky (Argentina) é gestora cultural, professora e especialista em formação de público para as artes cênicas. Coordena a Área de Gestão de Públicos do Teatro Nacional Cervantes. Com Ana Durán, criou em 2005 o Programa de Formação de Públicos do Ministério da Educação da Cidade de Buenos Aires, pioneiro no gênero na América Latina.
Bernardo Galegale é artista, produtor, gestor cultural e doutor em Informação e Cultura pela ECA-USP. Foi Coordenador geral de Centros Culturais e Teatros da Secretaria Municipal de Cultura e atualmente é gestor de projetos culturais no Instituto Brasileiro de Teatro - IBT.
Mediação: Augusto Marin, é ator e diretor teatral, fundador do Teatro Commune e da Rede de Teatro e Produtores Independentes. Atualmente, coordena o Projeto Escola em Cena para a formação de Jovens Espectadores.
Mesa 2 - 8 de setembro, segunda-feira, às 20h
Espectadores do Futuro: Inteligência Artificial e Desenvolvimento de Novas Plateias
Debater como a inteligência artificial está transformando o acesso, a criação e a fruição das artes, especialmente entre novos públicos que antes estavam à margem do circuito cultural tradicional ou não se engajavam com manifestações artísticas. E como pode ser uma ferramenta para facilitar o acesso a novos públicos.
O uso de sistemas de Inteligência Artificial generativa vem transformando rapidamente o trabalho em diversas áreas desde 2022. No campo cultural, a IA impulsionou a transformação digital, impactou processos criativos e gerou debates sobre proteção da propriedade intelectual e substituição de mão de obra. Nos próximos anos, espera-se que essas mudanças se tornem mais abrangentes, especificamente na relação entre plateias, conteúdo e propostas criativas.
Como serão os públicos do futuro? Surgirão novos modelos de público? O debate com Javier Ibacache e Rubens Velloso analisa sinopticamente a evolução deste tema e oferece algumas projeções para cenários futuros.
Javier Ibacache (Chile) é crítico e programador de artes cênicas especializado em projetos de desenvolvimento de públicos, diretor de programação do CEINA (Centro de Extensão do Instituto Nacional do Chile) e fundador da REDLAP, a Rede Latino-Americana para o Desenvolvimento de Públicos
Rubens Velloso (Brasil) é multiartista, sócio fundador do Coletivo PHILA7, desenvolve experimentações radicais que aliam diversas linguagens, em especial o teatro.
Mediação: Paulo Drummond, dramaturgo, diretor, ator e produtor de teatro, graduado em Licenciatura em Filosofia e fundador da Companhia Lúdica, de São Paulo. Atualmente, pesquisa formas de utilização da Inteligência Artificial para a gestão e inovação nas artes.
Mesa 3 - 9 de setembro, terça-feira, às 20h
A crítica teatral e o desenvolvimento de novos públicos: tensões históricas e futuros possíveis.
A crítica teatral como potencial para análise e percepções dos espetáculos, para ampliar perspectivas e repertório. Analisaremos as representações históricas, os discursos e as funções da crítica teatral, com o objetivo de reconhecer as tensões, as barreiras simbólicas e as diferenças irreconciliáveis que distanciam potenciais públicos da experiência teatral. Ao longo do caminho, levantaremos algumas questões incômodas, mas necessárias, e compartilharemos reflexões que visam repensar a tarefa da crítica, propondo sua conexão com o campo da formação de público.
Zavel Castro (México) - Historiadora, crítica teatral, programadora artística e professora. Membro da Rede Latino-Americana para o Desenvolvimento de Audiências (REDLAP).
Ministra palestras na Escola de Crítica de Valparaíso e na Escola de Desenvolvimento de Plateias, do Chile.
Patrick Pessoa, é dramaturgo, crítico teatral, Doutor em Filosofia pela UFRJ/Universität Potsdam (Alemanha), com dois Pós-Doc em Filosofia da Arte e Performance. Curador do Festival de Teatro de Curitiba e do Festival Midrash de Teatro. Tem 07 livros publicados, entre eles, Dramaturgias da Crítica (Cobogó, 2021)
Mediação: Renato Barreiros - Gestor Cultural e Superintende das Fábricas de Cultura há 14 anos quando criou e implementou a área de difusão cultura.
Mesa 4 - 15 de setembro, segunda-feira, às 19h30
Gestão de Públicos, Teatros e Espaços Culturais Independentes: estratégias, sustentabilidade e a formação de relações culturais e comunitárias
Refletir sobre os desafios da gestão de público e da sustentabilidade em teatros e espaços culturais independentes, abordando práticas de formação de público, diálogo com a região e as comunidades, estratégias de comunicação, financiamento e políticas públicas. A importância do mapeamento dos teatros e espaços independentes e estratégias de gestão e comunicação, focadas no desenvolvimento de novos públicos.
A importância do mapeamento dos teatros e espaços independentes e estratégias de gestão e comunicação, focadas no desenvolvimento de novos públicos.
Paula Travnik (Argentina), é atriz, diretora, professora, gestora teatral. Membro fundadora e presidente da Associação Profissional de Produtores Executivos de Artes Cênicas (APPEAE). Desenvolve cursos sobre a gestão de teatros e espaços culturais no CELCIT (Centro Latino-Americano de Criação e Pesquisa Teatral).
Gisele Ganade é fundadora e diretora artística da Cia. Minaz, companhia independente de teatro e ópera, de Ribeirão Preto, São Paulo, que desenvolve importantes programas de criação de espetáculos, formação públicos e de jovens artistas no interior do Estado de São Paulo.
Mediação: Antonio Carlos de Moraes Sartini, é advogado e gestor cultura há mais de 35 anos, ocupou vários cargos na Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Foi diretor do Departamento de Teatro da Secretaria Municipal de Cultura.
A Commune é uma companhia teatral, fundada em 2003, que desenvolve pesquisa, produção, formação e intercambio teatral, tendo recebido diversos prêmios e se apresentado em Portugal e na Argentina. Algumas peças são: Ubu Rei, de Alfred Jarry, Os Segredos da Commedia Dell´ Arte, Na Cama com Molière, baseado em O Doente Imaginário, e Otelo, de Shakespeare, ambos de John Mowat, Anti Comics, uma paródia dos Super Heróis, de Sonia Daniel (coprodução internacional com apoio do IBERESCENA). Desde 2005, Nem Todo Ladrão vem para Roubar e Arlecchino, de Dario Fo, entre outros. É um Ponto de Cultura e desenvolve o Projeto Teatro Cidadão, que já formou mais de 2.000 jovens através de oficinas e da montagem de espetáculos e o Projeto Radio Ilusão, coordenado por Jorge Julião, que monta espetáculos com artistas idosos, com grande sucesso.
Instagram @teatrocomunne
Serviço
Seminário Internacional de Formação de Jovens Espectadores
Programação
Mesa 1 – 2/09 • 19h30
Novos Públicos e Escolas Públicas
Mesa 2 – 8/09 • 20h
IA e Novas Plateias
Mesa 3 – 9/09 • 20h
A Crítica Teatral e Novos Públicos
Mesa 4 – 15/09 • 19h30
Gestão de Públicos e Espaços Culturais



