Morê convida ao balanço do amor na faixa-clipe "A Divina Química"

Debut do disco "Pouco Tempo e Matéria" marca investida solo do músico e chega acompanhado por audiovisual do diretor de clipes Matheus Fractal

EXPEDIÇÃO COMMÚSICA

12/18/20243 min ler

a close up of a plate of food
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Morê é o nome de palco de Thiago Val, músico à frente de projetos como as bandas "laranja oliva" e o "bagaço", que o levaram à Virada Cultural Paulista, Circuito Sesc, SIM São Paulo, além de festivais como Locomotiva, Grito Rock e R.U.A. Após uma longa jornada de reflexões e movimentos pela cultura popular, o artista viu sua poesia renascer e, com ela, nasceu novo nome e disco, o ainda inédito Pouco Tempo e Matéria. Com produção assinada pelo talentoso produtor Donatinho, a faixa que inicia esse percurso, A Divina Química, chega às plataformas de música no dia 18 de Dezembro, acompanhada por videoclipe dirigido por Matheus Fractal, que assina produções como as de ÀIYÉ e Francisco, el hombre.

Última música a surgir dentre as cinco faixas, somadas a um interlúdio, que integram Pouco Tempo e Matéria, A Divina Química foi a primeira a ser gravada e ganhou espaço para virar single a partir do processo de produção do disco. Do primeiro encontro com Donatinho, Morê tirou sensações que reafirmaram esse novo passo dado na carreira: "Ouvimos música, dançamos, cantamos, compartilhamos alguns gostos em comum por timbres de teclado velho. Na volta pra casa, feliz da vida por aquele dia incrível e certo de que havia encontrado a linguagem musical que eu procurava para produzir, fiquei refletindo sobre os encontros mágicos da vida e me maravilhei ao perceber como tudo se arranja bem quando há amor e disposição".

Extasiado com o arranjo universal de todas as coisas - desde a organização atômica de uma molécula de carbono até a mais sublime das engenharias que é a vida humana - o músico compôs uma faixa leve, pra dançar e cantar junto, com foco nos prazeres e cuidados dessa máquina viva que é o corpo. Gravada em apenas duas sessões, A Divina Química recebeu bateria diretamente da Austrália, pouso do parceiro e músico Marcelo Bonin (Bona). Os metais foram arranjados no estúdio de Donatinho, "ali na hora mesmo", e executados por Bruce William (trompete) e Glaucio Santana (trombone), resultando numa faixa pop com bateria, baixo, guitarra, muitas linhas de teclado e sintetizadores e ataques precisos de metais.

Sobre o videoclipe produzido para a faixa, com direção assinada por Matheus Fractal, Morê conta que a ideia era mostrar a beleza do corpo humano em movimento e nas suas mais variadas formas e cores; por isso a constituição de um elenco plural: "O foco era a dopamina, hormônio liberado em atividades simples como uma caminhada, um treino de academia, um abraço genuíno. Mas também incluímos a endorfina com cenas de total prazer com a comida. Dessa ideia de movimento e bem estar surgiu a possibilidade da dança, de um clipe todo coreografado e aí eu chamei a Domi que foi quem pensou e dirigiu de maneira fantástica nosso elenco, que era composto metade por bailarinos e metade por pessoas dispostas (risos)".

Pouco Tempo e Matéria é o primeiro trabalho solo do artista, que propõe em grooves soltos e poesia minimalista a ideia de que tudo que temos à nossa disposição para chegar ao lugar desejado é matéria atômica arranjada na forma dos nossos corpos, e um breve recorte no espaço-tempo do universo. Por isso, é necessário pensar bem em como investimos nossa energia: relações humanas ou telas digitais? Autodestruição ou autocuidado? É preciso agir, e agora - essas são as diretrizes do álbum de estreia de Morê e sua primeira faixa é a celebração do privilégio de viver, regido por algo inominável que agora se define como sendo tão grande, e somente, A Divina Química do amor.

Capa por Victoria Groppo