Solo A Recaída retrata o drama de uma mãe que perdeu seu filho único na pandemia de Covid-19
Victória Camargo estreia no Atelier Cênico em novembro o solo A Recaída, o drama de uma mãe que perdeu seu filho único na pandemia de Covid-19. Com direção de Marcelo Braga, a peça aborda o esforço coletivo e individual para superar os traumas enfrentados pelo povo brasileiro.
PALCO COMMÚSICA
10/15/20253 min ler


O drama de uma mãe que perdeu seu único filho para a Covid-19 é tema de A Recaída, o primeiro texto dramatúrgico de Filipe Doutel e Victória Camargo, que tem sua temporada de estreia no Atelier Cênico, de 1º a 23 de novembro, com sessões aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h.
Com direção de Marcelo Braga, o monólogo mostra a mãe/atriz se preparando no camarim para voltar aos palcos após um hiato de 40 anos. Ela reflete sobre as suas diversas perdas, sua trajetória artística iniciada nos estertores de uma ditadura militar até chegar ao passado recente, no qual o país passou por uma pandemia mortal.
A peça aborda o esforço coletivo e individual para superar os traumas atuais e também aqueles que constituíram o Brasil como nação.
A peça, pelo diretor Marcelo Braga
"A RECAÍDA" é uma peça que fala da nossa história recente e narra a trajetória de uma atriz que volta aos palcos 40 anos depois da sua estreia. A história dessa mulher é marcada por dois momentos importantes, tanto para o país como para ela: 1984, ano da campanha das Diretas Já, e 2021, ano do ápice da pandemia de Covid 19.
No primeiro momento, ela perde o namorado e pai do filho que carrega na barriga e no segundo momento, perde o filho para Covid. O espaço cênico pensado para contar essa história foi batizado de CASA-CAMARIM pois abriga a volta da atriz aos palcos e, ao mesmo tempo, guarda também suas memórias desses 40 anos que separam as duas estreias.
Minha busca, como diretor, foi trazer para a cena o que fosse essencial para podermos compreender o caminho percorrido por ela: as memórias do namorado e do filho e os figurinos e elementos de cena que ela vai utilizando para se preparar para a reestreia (hoje ela vai representar Mãe Coragem, de Brecht e, 40 anos atrás, ela representou Katrin, a filha muda de Mãe Coragem).
A RECAÍDA fala de vivências cíclicas, tanto pessoais como sociais, como descreve a personagem: 'Habito um passado que não passa. Foge de mim, um futuro que nunca chega.' A luz tem a função de compor os diversos momentos pelos quais passa a nossa protagonista e a trilha compõe a moldura para as memórias que ele re-visita.
A volta ao teatro, depois de tanto tempo, representa um rito de cura dessa personagem. É mais uma vez a Arte do Teatro nos apontando o caminho para entendermos a vida e as contradições do nosso tempo!"
Ficha Técnica
Dramaturgia - Filipe Doutel e Victória Camargo
Direção - Marcelo Braga
Elenco - Victória Camargo
Cenografia e Figurino - Stephanie Fretin
Trilha Sonora - Daniel Ganjaman
Desenho de Luz - Rodrigo Palmieri
Designer Gráfica - Camila Bigliani
Op. de Luz – Maurício Shirakawa / Lê Carmona
Op. de Som – Maria Fernanda Assumpção
Produção - Leandro Ivo (Fulano's Produções Artísticas)
Mídias Sociais – Laura de Carvalho
Assessoria de Imprensa – Pombo Correio
Fotos - Fábio Gansl / Marcelo Silva
Sinopse
A Recaída é uma ficção teatral sobre uma atriz que perde seu filho único na epidemia do coronavírus. O monólogo mostra a mãe/atriz se preparando no camarim para voltar aos palcos após um hiato de 40 anos. Ela reflete sobre as suas diversas perdas, sua trajetória artística iniciada nos estertores de uma ditadura militar até chegar ao passado recente, no qual o país passou por uma pandemia mortal.
Serviço
A Recaída, de Filipe Doutel e Victória Camargo
Temporada: 1º a 23 de novembro de 2025, aos sábados, às 20h, e domingos, às 19h
Atelier Cênico - Rua Fortunato, 241, Vila Buarque, São Paulo
Ingressos: R$ 80 (inteira) | R$ 40 (meia-entrada)
Venda online via Sympla
Capacidade: 50 lugares
Classificação: 12 anos
Duração: 50 minutos
Acessibilidade para cadeirantes